Copacabana recebe, neste domingo (30), a 23ª Parada do Orgulho LGBTI. Segundo os organizadores, nove trios e dezenas de atrações artísticas e culturais para a Avenida Atlântica, altura do Posto 6.
Esse ano a manifestação terá como tema “Vote em ideias, não em pessoas. Vote em quem tem compromisso com as causas LGBTI”. O intuito é despertar na comunidade LGBTI mais engajamento e participação nesse momento político, escolhendo candidatos que tenham compromisso com as causas e lutas em prol do respeito e diversidade.
De acordo com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), em 2018, o número de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais que se candidataram a uma vaga nos poderes Executivo e Legislativo aumentou 386,4%, se comparado às últimas eleições.
Num país como o Brasil, que é o que mais mata pessoas LGBTI no mundo, a necessidade de representatividade na política é urgente. “Nossos direitos, nossa cidadania e principalmente nossas vidas dependem das escolhas que faremos nas urnas”, afirma Almir França, presidente do Grupo Arco-Íris, ONG que organiza a Parada desde sua fundação, em 1995.
Ainda de acordo com os idealizadores, a intenção é combater o fundamentalismo religioso, o obscurantismo, a não aceitação da diversidade sexual e de gênero e comportamentos retrógrados.
“Nós vivemos, neste momento, um retrocesso nas políticas públicas de enfrentamento a discriminação e de promoção da cidadania LGBTI no Brasil. No legislativo, especialmente o federal, até hoje nenhuma lei específica contra lgbtifobia foi aprovada. É fundamental que a Parada seja um instrumento de incentivo ao voto consciente em pessoas que apoiam a causa LGBTI e dos direitos humanos. Hoje temos mais candidaturas de pessoas LGBTI e Aliadas comprometidas com a causa, o que é magnífico” diz Cláudio Nascimento, coordenador executivo do Grupo Arco-Íris e fundador da Parada do Orgulho LGBTI-Rio.
Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP