Primeira noite de desfiles do Grupo de acesso do carnaval do RJ
ACADÊMICOS DE VIGÁRIO GERAL
FICHA TÉCNICA
Presidente: Elizabeth da Cunha Soares (Betinha)
Carnavalescos: Rodrigo Almeida, Alexandre Costa, Marcus Vinícius do Val e Lino Sales
Direção de Carnaval: Toninho do Trailer, Ney Lopes, Thiago Gomes e Rafael Marques
Direção Geral de Harmonia: Samir Trindade e Almir de Souza
Intérprete: Tem-Tem Jr.
Comissão de Frente: Handerson Big
Mestre de Bateria: Luygui Silva Bellycoff
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:Jefferson Gomes e Paula Penteado
Marcando seu retorno à Marquês de Sapucaí em 2020, depois de 21 anos, o Acadêmicos de Vigário Geral levou para a avenida uma narrativa de fatos relevantes que podem ter impedido o Brasil de ‘Dar Certo’, a partir de histórias que aconteceram mesmo antes de sua própria história. ‘O Conto do Vigário’ foi um enredo desenvolvido pelos carnavalescos Rodrigo Almeida, Alexandre Costa, Marcus do Val e Lino Sales.
Depois de uma chuva forte, a escola apresentou problemas estéticos com carros e fantasias com problemas de acabamento.
Do coreógrafo Handerson Big a comissão de frente fez boas apresentações. O casal Jefferson Gomes e Paulinha Penteado veio com a fantasia representando o Cruzeiro do Sul. Por conta da pista molhada o casal pareceu inseguro e com falta de sincronia. Fazendo uma coreografia bonita, dançando afro em um trecho da apresentação e usando referências do samba, como no trecho “Pra santo que nem olha para favela”, fazendo um gesto tapando os olhos.
Abrindo o carnaval da Série A e enfrentando a Sapucaí depois da chuva a escola cantou bem apenas com alguns componentes passando sem cantar. O intérprete Tem-Tem Jr segurou bem a responsabilidade de levar a escola e fez uma apresentação positiva, sem deixar o samba cair. Bateria e carro de som sincronizados, sem erros perceptíveis.
Acadêmicos da Rocinha
FICHA TÉCNICA
Presidente: Ronaldo Oliveira
Carnavalesco: Marcus Paulo
Diretor de Carnaval: Maurício Santana Dias
Mestre de Bateria: Augusto Junior
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Vinícius Jesus e Viviane Oliveira
Segunda escola a cruzar a Marquês de Sapucaí na noite desta sexta-feira, a Acadêmicos da Rocinha apostou em uma estética simples e de fácil leitura para contar a trajetória de Maria Conga, através do enredo “A guerreira negra que dominou dois mundos”, o que rendeu no melhor resultado plástico da escola desde o desfile de 2017, quando homenageou o carnavalesco Viriato Ferreira. No entanto, problemas de locomoção no abre-alas e na última alegoria comprometeram a evolução da tricolor de São Conrado, que abriu dois buracos em frente a módulos de julgamento. A agremiação encerrou sua apresentação com 54 minutos.
A comissão de frente assinada por Junior Barbosa trouxe os dois mundos em que Maria Conga se consagrou: o terreno e o espiritual. A apresentação se iniciava com dez guerreiras quilombolas e uma rainha negra liderando, todas com fantasias leves e em tons alaranjados. Junto a elas, um elemento cenográfico representando o “Cruzeiro das Almas”, com quatro ogãs tocando atabaque.
Representando o rei e a rainha da Tribo Congolonesa, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Rocinha, Vinícius Jesus e Viviane Oliveira, se apresentaram com uma fantasia em tons terrosos, repleta de pedrarias e cheia de elementos africanos, como dentes de sabre. Em seu segundo ano na agremiação, a dupla apostou em uma dança com bastante passos coreógrafos, em referência aos versos do samba.
Devido a pista molhada, Viviane economizou nos giros e chegou a ter problemas com a bandeira na primeira cabine de jurados, onde quase a enrolou em um dado momento da apresentação. O excesso de passos marcados também gerou certa lentidão ao casal.
Unidos da Ponte
FICHA TÉCNICA
Presidente: Rosemberg Azevedo (Berg)
Carnavalesco: Lucas Milato
Direção de Carnaval: Burunga, Gabriel Macedo e Mauro Tito
Intérprete: Leandro Santos
Comissão de Frente: Daniel Ferrão e Léo Torres
Mestre de Bateria: Vitor Cezar (Vitinho)
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Yuri Souza e Camyla Nascimento
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Raphael Nascimento e Thainara Matias
A Unidos da Ponte foi a terceira escola a pisar na Sapucaí, na noite desta sexta-feira, e o carnavalesco Lucas Milato apresentou o enredo “Elos da Eternidade”, para o desfile da escola na Marquês de Sapucaí neste Carnaval. O enredo propôs uma reflexão sobre a relação da humanidade com a eternidade, para nortear todo o desenrolar dessa mágica aventura.
A agremiação exibiu uma comissão de frente que arrancou aplausos do público e jurados, com o marcante “E o samba resiste com os sambistas” ao final da apresentação e a garra dos integrantes. A azul e branca de São João de Meriti terminou o desfile com 53 minutos.
Com o intuito de representar “O caos” a comissão, preparada pelos coreógrafos Léo
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos da Ponte, Yuri Souza e Camyla Nascimento, apresentou a sincronia adequada, com elegância e em uma coreografia equilibrada com o samba da escola, sem muitos floreios. O mestre-sala bailou com precisão e habilidade. A porta-bandeira teve dificuldade na condução do pavilhão e nos giros, talvez, em função da chuva ou pela fantasia pesada, dificultando os movimentos. Em relação fantasia, muito luxo, materiais de qualidade e causando um efeito de luxo ao casal.
UNIDOS DO PORTO DA PEDRA
FICHA TÉCNICA
Presidente: Fábio Montibelo
Carnavalesca: Annik Salmon
Diretor de Carnaval: Júnior Cabeça
Direção Geral de Harmonia: Luiz Borges, Miguel Junior e Aluízio Mendonça
Intérprete: Pitty de Menezes
Rainha de Bateria: Kamila Reis
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Rodrigo França e Cintya Santos
O Tigre de São Gonçalo lavou, literalmente, a alma na avenida, cantando forte e com um desfile para cima, empolgando o público a escola desfilou bem, porém com problemas no abre-alas abriu um grande buraco logo no primeiro módulo de jurados. Comissão de frente muito bem dançada e sincronizada foi um dos pontos altos do desfile junto com o primeiro casal que arrancou aplausos e gritos do público em toda Sapucaí. Porto da Pedra levou para a Sapucaí o enredo “O que a Baiana Tem? Do Bonfim à Sapucaí” desenvolvida por Annik Salmon. O desfile encerrou com 53 minutos, sem atrasos.
O quesito coreografado por Carlinhos de Jesus e Karen Ramos empolgou a abertura do desfile. Os bailarinos eram divididos entre baianas e um homem representando Exu abrindo os caminhos.
O primeiro casal da Porto da Pedra dançou muito bem. Sincronizados e bem ensaiados . Rodrigo e Cintia exalaram alegria e força em sua dança com a fantasia representando a essência da África, que por sinal era muito bem confeccionada e contribuiu para a dança dos dois facilitando os movimentos e os gestos. Os dois se olharam o tempo inteiro da dança e confirmam ser uma grande dupla.
ACADÊMICOS DO CUBANGO
FICHA TÉCNICA
Presidente: Rogério Belisário
Carnavalescos: Raphael Torres e Alexandre Rangel
Diretor de Carnaval: Tavinho Novello
Comissão de Frente: Patrick Carvalho
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Diego Falcão e Patrícia Cunha
Vice-campeã da Série A em 2019, a Acadêmicos do Cubango entrou na Marquês de Sapucaí determina a conquistar o inédito título em sua história. Com uma comissão de frente impactante e de grande comunicação com público, seguido de um casal entrosado, exibindo um bailado envolvente, a agremiação parecia já estar com uma mão no caneco. Entretanto, o que se viu adiante foi uma série de falhas nas alegorias, uma evolução extremamente problemática e uma harmonia melancólica perante a imagem de um campeonato perdido.
Apresentando o enredo “A Voz da Liberdade”, assinado por Raphael Torres e Alexandre Rangel, a Cubango homenageou o herói negro abolicionista Luiz Gama e foi a quinta escola que cruzou a passarela do samba na primeira noite de desfiles da Série A. A verde e branca de Niterói terminou com 53 minutos.
A abertura impactante da Cubango teve início logo na comissão de frente. Assinada pelo premiado coreógrafo Patrick Carvalho, nela era retratada a luta pela liberdade dos negros nos tribunais. Enquanto um componente representado Luiz Gama tratava um embate com um juiz, um capaz torturava um grupo de escravos.
Visceral, bastante teatralizada e com movimentos muito bem marcados, a comissão arrebatou o público presente que reagia a cada momento dela. O ápice da apresentação, que também marcava sua virada, acontecia quando um dos negros era puxado para alto, através de um elemento cenográfico, e “enforcado”. Ao mesmo tempo, o juiz finalmente assinava o documento libertando o cativo.
Dando sequência em alto nível vinha o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Falcão e Patrícia Cunha, representando ancestrais da nobreza de Benin, antigo reino africano. Bastante requintada, a fantasia da dupla trazia estamparias de estética africana, com predomínio das cores do pavilhão: o verde e o branco. O figurino de Patrícia ainda tinha um toque de ousadia ao abdicar do uso do tradicional costeiro.
Na dança, uma mistura entre o bailado tradicional e passos coreógrafos. A dupla, em seu segundo ano junta na Cubango, esbanjou sintonia e sincronia: movimentos com respostas rápidas, trocas de gracejos, giros precisos, não faltaram. O casal passou de maneira impecável.
Renascer de Jacarepaguá
FICHA TÉCNICA
Presidente: Antônio Carlos Salomão
Carnavalesco: Ney Junior
Direção de Carnaval: Macaco Branco e Julinho Fonseca
Intérprete: Leonardo Bessa
Comissão de Frente: Carlos Fontinelle
Mestre de Bateria: Junior Sampaio
Rainha de Bateria: Dandara Oliveira
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Vinícius Pessanha e Jackeline Pessanha
A Renascer foi a sexta agremiação a desfilar no primeiro dia de desfiles da Série A e, apesar da qualidade estética nas alegorias, a vermelha e branca oscilou no canto. A comissão de frente foi realista e teatralizada. O samba-enredo fez o desfile crescer.
Com a proposta de representar as mazelas sociais vividas pelo povo brasileiro, a comissão realizou sua apresentação de forma dramática e cênica. A representação começa com cada componente expondo manchetes trágicas de jornais. A criatividade traz para o real a dramática de um personagem central jogado ao chão com sangue na boca e mãos trêmulas. Os movimentos eram bem sincronizados. O público reagiu bem à proposta do coreógrafo, que apresentou os integrantes com roupas de trapos em tons terrosos.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Renascer de Jacarepaguá, Vinicius e Jack Pessanha, vestiram a fantasia São Bento e a Medalha de Proteção. Os dois mostraram sintonia e leveza na coreografia. Jack comandou seu pavilhão de forma segura. A fantasia era bem detalhada, com elementos luxuosos, mas aparentava ser leve e adequada para o bom movimento do casal.
IMPÉRIO SERRANO
“Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser! “
FICHA TÉCNICA
Presidente: Vera Lúcia Corrêa de Souza
Carnavalesco: Júnior Pernambucano
Diretor de Carnaval: Zé Luiz Escafura
Intérprete: Silas Leleu
Comissão de Frente: Claudia Mota
Mestre de Bateria: Gilmar Cunha
Rainha de Bateria: Quitéria Chagas
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Matheus Machado e Verônica Lima
Fechando a primeira noite dos desfiles da Série A, tropeçou em diversos quesitos e pode enfrentar problemas na apuração. Demorando sete minutos para começar o desfile, a escola teve dificuldade com o deslocamento do abre-alas que, acoplado, colidiu um com o outro atrapalhando o andamento do desfile. Baianas desfilaram sem saia e parte dos ritmistas sem chapéu, além de outras alas que passaram com peças faltando. Apresentando o enredo “Lugar de Mulher é onde ela quiser!” e depois de correr para não estourar o tempo, o Império Serrano fechou o seu desfile cravando o tempo máximo de 55 minutos.
Matheus Machado e Verônica Lima demonstraram total entrosamento numa coreografia onde o mestre-sala exaltava a porta bandeira, mas sem se apagar. Os dois trocaram olhares durante a apresentação e seguros com a coreografia. Matheus estreia como primeiro mestre sala no Império e provou que merece o lugar em que está ocupando. O casal que representava as nobres raízes da serrinha conseguiu arrepiar e tirar aplausos do público.
Segunda noite de desfiles do Grupo de acesso do carnaval do RJ
Acadêmicos do Sossego
FICHA TÉCNICA
Presidente: Hugo Júnior
Carnavalescos: Guilherme Diniz e Rodrigo Marques
Diretor de Carnaval: Alexandre Dias
Diretor Geral de Harmonia: Alexandre Correa
Intérprete: Nêgo
Mestre de Bateria: Laion Jorge
Rainha de Bateria: Celi Costa
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas
O G.R.E.S. Acadêmicos do Sossego, orgulhosamente, atravessou a baía da Guanabara rumo à capital, onde desembarcou seu povo trazendo no rosto o sorriso de Niterói e a força da Batalha em sua raiz para mais uma vez fazer Carnaval. A escola trouxe para a avenida ,no ano em que comemora seu jubileu de ouro, o enredo “Os Tambores de Olokun”, grupo percussivo e de dança carioca que homenageia o sagrado orixá da nação Nagô Egbá.
A escola apresentou graves problemas no acabamento de suas alegorias, e, uma evolução irregular, a proteção de Olokum pode não ser suficiente para garantir que a escola alcance o objetivo de ficar nas primeiras colocações.
Por outro lado, destaques como o belo conjunto de fantasias e a bateria comandada pelo jovem mestre Laion Jorge podem ajudar a escola a recuperar-se dos resultados dos seus últimos desfiles na Série A, quando esteve por três anos consecutivos perto do rebaixamento.
O consagrado casal foi uma das apostas da escola para o carnaval de 2020. Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas, que vieram da Mocidade Independente de Padre Miguel, juntaram-se à comunidade do Largo da Batalha em novembro.
A fantasia do casal em tons de azul e verde representava os espíritos de Olokum. Embora, a chuva tenha dado uma trégua ao desfile da Sossego, a fantasia da porta-bandeira parecia um pouco pesada na avenida e, em alguns momentos, o entusiasmo e o vigor de Marcinho parecia superar a dança de sua dama.
INOCENTES DE BELFORD ROXO
FICHA TÉCNICA
Presidente: Reginaldo Ferreira Gomes
Carnavalesco: Jorge Caribé
Diretor de Carnaval: Saulo Tinoco
Direção Geral de Harmonia: Marcos Aurélio Jansem e Mauricio Carim
Intérpretes: Pixulé e Tem-Tem Sampaio
Comissão de Frente: Juliana Frathane
Mestre de Bateria: Washington Paz
Rainha de Bateria: Amanda Andrade
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Douglas Valle e Jaçanã Ribeiro
“Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim” contou com a assinatura de Jorge Caribé que, após doze anos, retorna a Caçulinha da Baixada com um enredo e uma estética fora dos seus padrões, muito ligados a temática negra e ao uso de materiais alternativos. Segunda escola a desfilar no sábado Inocentes entrou na avenida empolgada. O samba elevou o nível do desfile com sua letra emocionante sobre a trajetória da seis vezes melhor jogadora do mundo, Marta. Mestre Washington se destacou no desfile fazendo bossas bem realizadas e com isso conseguiu levantar o público. No último carro, Marta passou na avenida e foi ovacionada pelos presentes sob os gritos de rainha. O enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim” foi desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Caribé e encerrou o desfile com 53 minutos.
Douglas Valle e Jaçanã Ribeiro, passaram com a fantasia significando “Amor a minha terra”.
Unidos de Bangu
FICHA TÉCNICA
Presidente: Thiago Oliveira
Carnavalesco: Bruno Rocha
Direção Geral de Harmonia: Alexandre Carlos, Luis Cláudio e Rodrigo Pretto
Intérprete: Igor Vianna
Comissão de Frente: Luiz Carlos e Natasha Lima
Mestre de Bateria: Leo Capoeira
Rainha de Bateria: Darlin Ferrattry
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Anderson Abreu e Eliza Xavier
Em uma noite de grande desempenho do intérprete Igor Vianna, o samba-enredo foi o principal destaque da apresentação da Unidos de Bangu, que enfrentou problemas em quase todos os quesitos. A vermelha e branca de Bangu foi a terceira escola a desfilar e apresentou o enredo “Memórias de um Griô: a diáspora africana numa idade nada moderna e muito menos contemporânea” em 52 minutos.
Em seu segundo ano no posto de primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos de Bangu, a dupla Anderson Abreu e Elisa Xavier veio simbolizando a exuberância da savana, com uma indumentária de materiais simples e baratos, como a palha.
Acadêmicos de Santa Cruz
FICHA TÉCNICA
Presidente: Moysés Antônio Coutinho Filho (Zezo)
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Diretor de Carnaval:
Direção Geral de Harmonia: Elson Bragança e José de Souza Barros (Cobrinha)
Intérprete: Roninho
Comissão de Frente:
Mestre de Bateria: Riquinho
Rainha de Bateria:
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Mosquito e Roberta Freitas

O enredo “Santa Cruz de Barbalha: Um Conto Popular no Cariri Cearense” levou o público para uma viagem ao Cariri cearense, mais especificamente ao município de Barbalha. Considerado um dos maiores celeiros de cultura popular do sertão nordestino, todos os anos o lugar atrai milhões de pessoas para os quinze dias de festejo a Santo Antônio, padroeiro da cidade. O desfile foi assinado pelo carnavalesco Cahê Rodrigues.
A escola pareceu não se importar com a chuva para fazer um desfile correto e empolgante. Porém, alguns erros de evolução, harmonia e acabamento nas alegorias podem comprometer a nota máxima da escola nesses quesitos. A verde e branco da Zona Oeste foi a quarta agremiação a desfilar nesta noite de sábado. Os destaques do desfile ficaram por conta da comissão de frente, que levantou as arquibancadas com sua coreografia simples e funcional.
Buscando superar a quinta colocação do carnaval de 2019, a Santa Cruz desfilou alegre e colorida para cantar as histórias da cidade do sul do Ceará, com 60 mil habitantes. O início da apresentação levou as cores da escola, que trouxe um grande canavial entre a comissão de frente, a primeira ala “Engenhos da Rapadura” e o carro abre-alas. Em seguida vieram os setores do ‘Pau da Bandeira’, que é um festejo típico da cidade da Barbalha, ‘Contos Populares do Cariri’ e, por último, a Acadêmicos convida o público a conhecer a cidade homenageada no enredo.
IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
Reeditando o enredo de 1981, “O teu cabelo não nega”, a Imperatriz Leopoldinense fez um grande desfile porém teve problemas na iluminação do abre-alas e do segundo carro. Na luta pelo título de campeã do carnaval e o retorno ao Grupo Especial a escola fez o melhor desfile da Série A. Fazendo uma arrancada arrebatadora a escola entrou com os pés firmes na Sapucaí. O casal de mestre-sala e porta-bandeira se destacou com uma fantasia belíssima e com uma dança impecável. Mesmo com os problemas de iluminação, as alegorias estavam lindas e com um acabamento impecável. O canto da comunidade gresilense foi extremamente forte, a agremiação mostrou a vontade de retornar para o principal grupo do carnaval. O samba, já conhecido pela comunidade, foi o ponto alto da escola, favoreceu o canto e empolgou a Sapucaí.
Imperatriz Leopoldinense
UNIDOS DE PADRE MIGUEL
FICHA TÉCNICA
Presidente: Lenilson Leal
Carnavalesco: Fábio Ricardo
Direção de Carnaval: Cícero Costa e Nana Costa
Direção Geral de Harmonia: Alessandro Cobra e Carlos KZ
Intérprete: Diego Nicolau
Comissão de Frente: David Lima
Mestre de Bateria: Dinho
Rainha de Bateria: Karina Costa
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira
A Unidos de Padre Miguel trouxe para a avenida o enredo ‘Ginga. O carnavalesco Fábio Ricardo e o intérprete Diego Nicolau foram as principais novidades. Sexta escola a cruzar a Marquês de Sapucaí, a Unidos de Padre Miguel teve na força de seu carro de som, no canto da comunidade e no ritmo envolvente da bateria, as bases necessárias para o excelente rendimento do samba-enredo que conduziu a apresentação do enredo . Porém, algumas falhas no conjunto alegórico e o buraco aberto na frente da primeira cabine de jurados podem atrapalhar a vermelha e branca da Vila Vintém na disputa pelo título da Série A. O desfile terminou com 54 minutos, um a menos do tempo máximo permitido.
IMPÉRIO DA TIJUCA
FICHA TÉCNICA
Presidente: Antônio Marcos Teles (Tê)
Carnavalesco: Guilherme Estevão
Diretor de Carnaval:
Direção Geral de Harmonia: Renato Kort, Robson Tipaia e Alexandre Rouge
Intérprete: Daniel Silva
Comissão de Frente: Lucas Maciel
Mestre de Bateria: Jordan Pereira
Rainha de Bateria: Laynara Teles
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Renan Oliveira e Laís Lúcia Ramos
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Fabio Rodrigues e Mônica Menezes
Fechando a última noite de desfiles da Série A, o Império da Tijuca fez um desfile com poucos erros, mas com problemas na leitura das fantasias. Em contraste, as alegorias passavam bem a mensagem do enredo. O destaque ficou por conta do primeiro casal, Renan Oliveira e Lais Lúcia, que dançaram muito bem em todas as cabines dos jurados. Com uma belíssima fantasia e uma coreografia com alto grau de dificuldade, o casal mostrou uma grande sintonia. Mestre Jordan comandou bem a bateria e fez boas apresentações, empolgando o público com uma coreografia. Desfilando com o enredo “Quimeras de um Eterno Aprendiz” o Império da Tijuca encerrou o desfile com 54 minutos.
Galeria de Fotos da concentração :
** Este texto não necessariamente reflete, a opinião do EGOBrazil
